terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Veja como ter uma boa alimentação no trabalho

O cotidiano no local de trabalho costuma ser muito atarefado, são tantas coisas que precisam ser feitas que algumas pessoas acabam esquecendo ou não tendo tempo para se alimentar.
No entanto, existem estudos na área de nutrição que demonstram que quanto mais restritiva a alimentação pessoal mais letárgico, lento, o profissional será, afetando a sua produtividade.
Para entender como organizar uma alimentação adequada que traga benefícios para o seu corpo e para seu desempenho profissional, conversamos com Milena Maia, professora do Núcleo de Saúde e Nutrição da UNINASSAU, confira:

Nutricionista não é só para quem quer emagrecer

É comum a associação do profissional de nutrição a busca pelo emagrecimento.
Contudo, são diversos os tipos de dieta e auxílios que podem ser dados pelos nutricionistas. “Os objetivos da dieta podem ser vários: engordar, emagrecer, reeducação alimentar, mudança de condição corporal. Muitas vezes é uma alimentação [voltada para pessoas que dizem] ‘eu quero me tornar vegetariano’, ‘eu quero consumir mais orgânicos’”, afirma Milena.
Procurar um nutricionista é fundamental para todas as pessoas. A partir de exames, o profissional verá quais as suas necessidades ou problemas de saúde e indicará um plano de alimentação mais adequado para executar. “O nutricionista clínico vai dar uma orientação melhor em relação a composição do cardápio e é indicado que todo nutricionista clínico vá para a área tanto da questão socioeconômica, cultural, […] adequando os horários”.

O que comer no ambiente de trabalho?

Nos seus lanches do trabalho priorize frutas e alimentos naturais. A professora de nutrição indica sempre uma alimentação com produtos minimamente processados e in natura. “[…] seria mais natural uma macaxeira ou um pão?
A macaxeira é mais natural. Então, é a ela que você deve dar preferência no seu dia-a-dia, a essa parte de tubérculos, raízes, frutas, feijão, arroz, que são mais naturais do que uma alimentação rica em amiláceos, como alguns biscoitos industrializados”, exemplifica Milena.

Não substitua o almoço

Os lanches devem fazer parte do horário do lanche, não substitua o almoço por fastfoods ou outros alimentos não muito saudáveis.
Dê preferência a um almoço balanceado. Um lanche pode até dar a sensação de saciedade, mas nutricionalmente ele não possui tudo o que você deveria consumir.

Pare para comer

A hora da alimentação deve ser respeitada, sempre que for comer dê uma pausa nas outras atividades.
De acordo com Milena Maia, existem três coisas que tornam importante ter um tempo específico para a alimentação.
A primeira delas é que você observa o que está comendo. A professora aponta que em consultas é muito comum o paciente não lembrar o que comeu no café da manhã do dia anterior por estar fazendo outra atividade.
Outro fator importante é a mastigação. “Mastigando, você consegue ter um processo de digestão muito mais eficiente.
A digestão do carboidrato já se inicia na boca, tendo uma boa mastigação vai auxiliar ainda mais nesse processo”.
A terceira coisa que torna o momento específico de alimentação importante é que ele pode ser usado tanto para experimentar novos alimentos quanto para socializar com amigos, familiares e colegas de trabalho. “Alimentação tem muito disso, é socialização, mas sempre prestando atenção no que você for comendo”, pondera a professora.

Por que não pensar em uma marmita?

Se no seu ambiente de trabalho existir um lugar onde possa esquentar alimentos, planeje semanalmente seu cardápio de almoço para todos os dias de trabalho e faça marmitas para levar.
Um nutricionista pode fazer indicações de preparações mais práticas e que possam ser congeladas. Use bolsas térmicas para fazer o transporte do alimento, ao chegar ao trabalho coloque no refrigerador disponível e esquente quando for consumir.

Diferencie fome e ansiedade

Durante o expediente podem ocorrer momentos que provocam ansiedade. “Por exemplo, tem pessoas que quando ficam ansiosas não param de comer ou comem mais.
Nesse caso elas têm que tratar o problema causal. Na verdade, a alimentação está sendo uma consequência, ela vai ter que tratar a ansiedade”. O indicado por Milena Maia é que essa pessoa busque um atendimento multidisciplinar, seja atendida por um nutricionista e por médicos da área de psicologia e psiquiatria para obter melhores resultados.

Cuidado com o tempo entre as refeições

O ideal é que sejam feitas seis refeições por dia, três principais e três lanches. No entanto os horários podem variar de acordo com a rotina pessoal. “Tem pessoas que preferem fazer dois lanches à tarde porque têm uma tarde um pouco mais extensa, vai jantar um pouco mais tarde em casa”, aponta Milena

Cuidado com os sucos

A ingestão de líquidos é importante, não esqueça de beber água, uma boa dica é deixar a garrafinha sempre ao lado.
No entanto, Milena ressalta que apesar de naturais é preciso ter cuidado com os sucos. “É interessante aumentar a ingestão de água e não a ingestão de sucos. Porque com os sucos a gente já tem o valor calórico, o açúcar das frutas, que é a frutose, que em alta quantidade também não vai fazer bem”.
Para quem tem dificuldades em tomar água, a professora de nutrição sugere a saborização da água. “Se a pessoa não gosta muito de água pode saborear essa água colocando uma folhinha de hortelã, rodelas de laranja, pra dar mais atrativo e beber mais água durante o dia”.

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