O
cotidiano no local de trabalho costuma ser muito atarefado, são tantas coisas
que precisam ser feitas que algumas pessoas acabam esquecendo ou não tendo
tempo para se alimentar.
No
entanto, existem estudos na área de nutrição que demonstram que quanto mais
restritiva a alimentação pessoal mais letárgico, lento, o profissional será,
afetando a sua produtividade.
Para entender
como organizar uma alimentação adequada que traga benefícios para o seu corpo e
para seu desempenho profissional, conversamos com Milena Maia, professora do
Núcleo de Saúde e Nutrição da UNINASSAU, confira:
Nutricionista
não é só para quem quer emagrecer
É
comum a associação do profissional de nutrição a busca pelo emagrecimento.
Contudo,
são diversos os tipos de dieta e auxílios que podem ser dados pelos
nutricionistas. “Os objetivos da dieta podem ser vários: engordar, emagrecer,
reeducação alimentar, mudança de condição corporal. Muitas vezes é uma
alimentação [voltada para pessoas que dizem] ‘eu quero me tornar vegetariano’,
‘eu quero consumir mais orgânicos’”, afirma Milena.
Procurar
um nutricionista é fundamental para todas as pessoas. A partir de exames, o
profissional verá quais as suas necessidades ou problemas de saúde e indicará
um plano de alimentação mais adequado para executar. “O nutricionista clínico
vai dar uma orientação melhor em relação a composição do cardápio e é indicado
que todo nutricionista clínico vá para a área tanto da questão socioeconômica,
cultural, […] adequando os horários”.
O que comer no ambiente de trabalho?
Nos
seus lanches do trabalho priorize frutas e alimentos naturais. A professora de
nutrição indica sempre uma alimentação com produtos minimamente processados e
in natura. “[…] seria mais natural uma macaxeira ou um pão?
A
macaxeira é mais natural. Então, é a ela que você deve dar preferência no seu
dia-a-dia, a essa parte de tubérculos, raízes, frutas, feijão, arroz, que são
mais naturais do que uma alimentação rica em amiláceos, como alguns biscoitos
industrializados”, exemplifica Milena.
Não substitua o almoço
Os
lanches devem fazer parte do horário do lanche, não substitua o almoço por
fastfoods ou outros alimentos não muito saudáveis.
Dê
preferência a um almoço balanceado. Um lanche pode até dar a sensação de
saciedade, mas nutricionalmente ele não possui tudo o que você deveria
consumir.
Pare para comer
A hora
da alimentação deve ser respeitada, sempre que for comer dê uma pausa nas
outras atividades.
De
acordo com Milena Maia, existem três coisas que tornam importante ter um tempo
específico para a alimentação.
A
primeira delas é que você observa o que está comendo. A professora aponta que
em consultas é muito comum o paciente não lembrar o que comeu no café da manhã
do dia anterior por estar fazendo outra atividade.
Outro
fator importante é a mastigação. “Mastigando, você consegue ter um processo de
digestão muito mais eficiente.
A
digestão do carboidrato já se inicia na boca, tendo uma boa mastigação vai
auxiliar ainda mais nesse processo”.
A
terceira coisa que torna o momento específico de alimentação importante é que
ele pode ser usado tanto para experimentar novos alimentos quanto para
socializar com amigos, familiares e colegas de trabalho. “Alimentação tem muito
disso, é socialização, mas sempre prestando atenção no que você for comendo”,
pondera a professora.
Por que não pensar em uma marmita?
Se no
seu ambiente de trabalho existir um lugar onde possa esquentar alimentos,
planeje semanalmente seu cardápio de almoço para todos os dias de trabalho e
faça marmitas para levar.
Um
nutricionista pode fazer indicações de preparações mais práticas e que possam
ser congeladas. Use bolsas térmicas para fazer o transporte do alimento, ao
chegar ao trabalho coloque no refrigerador disponível e esquente quando for
consumir.
Diferencie fome e ansiedade
Durante
o expediente podem ocorrer momentos que provocam ansiedade. “Por exemplo, tem
pessoas que quando ficam ansiosas não param de comer ou comem mais.
Nesse
caso elas têm que tratar o problema causal. Na verdade, a alimentação está
sendo uma consequência, ela vai ter que tratar a ansiedade”. O indicado por
Milena Maia é que essa pessoa busque um atendimento multidisciplinar, seja
atendida por um nutricionista e por médicos da área de psicologia e psiquiatria
para obter melhores resultados.
Cuidado com o tempo entre as refeições
O
ideal é que sejam feitas seis refeições por dia, três principais e três
lanches. No entanto os horários podem variar de acordo com a rotina pessoal.
“Tem pessoas que preferem fazer dois lanches à tarde porque têm uma tarde um
pouco mais extensa, vai jantar um pouco mais tarde em casa”, aponta Milena
Cuidado com os sucos
A
ingestão de líquidos é importante, não esqueça de beber água, uma boa dica é
deixar a garrafinha sempre ao lado.
No
entanto, Milena ressalta que apesar de naturais é preciso ter cuidado com os
sucos. “É interessante aumentar a ingestão de água e não a ingestão de sucos.
Porque com os sucos a gente já tem o valor calórico, o açúcar das frutas, que é
a frutose, que em alta quantidade também não vai fazer bem”.
Para
quem tem dificuldades em tomar água, a professora de nutrição sugere a
saborização da água. “Se a pessoa não gosta muito de água pode saborear essa
água colocando uma folhinha de hortelã, rodelas de laranja, pra dar mais
atrativo e beber mais água durante o dia”.
E aí, o que você achou? Não esquece de compartilhar com os
amigos.